Crônica de 2001, de Antonio Roberto de Paula, a partir de uma entrevista que ele fez com Oswaldo Lima, para o livro online 'O Jornal do Bispo':
O que o rádio tocava virava sucesso. Em 1962, eram três as emissoras em Maringá: Cultura, Atalaia e Difusora. E uma grande rivalidade. O jornal era feito para um determinado grupo de pessoas. Já o rádio, com seu fantástico alcance, chegando a todos os rincões, dominava a preferência.
No lançamento da Folha do Norte, Oswaldo Lima estreou a coluna com um nome um tanto quanto esquisito: 'Antenando e Discomentando'. Nela, Oswaldo trazia os maiores sucessos do eixo Rio-São Paulo. As informações ele tirava, principalmente, das rádios Tupi e Bandeirantes, emissoras que ele ouvia diariamente. Na primeira edição da Folha, “Suave é a Noite”, de Moacir Franco, liderava a parada de Oswaldo Lima. Sim, porque a organização da parada era do próprio colunista, que fazia a média entre as mais executadas nas emissoras e montava a sua. Moacir Franco, Agnaldo Rayol, Angela Maria, Cauby Peixoto, Altemar Dutra e Frank Sinatra desfilavam constantemente no 'Antenando e Discomentando'. Oswaldo gostava de música, mas sua praia era outra. Melhor: seu campo era outro. Era o esporte. Foi no futebol que ele teve as maiores alegrias na profissão. Nascido em 1941, em Monte Santo, Minas Gerais, chegou com a família no Paraná, em 1945. Primeiro em Mandaguari. Veio para Maringá nove anos depois e nunca mais saiu.
Começou a trabalhar, ainda garoto, na Transparaná, localizada nas esquinas da avenida Brasil com São Paulo, onde hoje está a Lojas Americanas. Assim como Verdelírio Barbosa, iniciou a carreira jornalística no O Diário, não o atual, o do Norte do Paraná. Foi no jornal do Zitão, o João Antonio Corrêa Júnior, no final da década de 50, fazendo bico nas folgas da Transparaná.
Escrevia uma coluna em que misturava música e esporte. Além de Verdelírio, seu outro companheiro no jornal do Zitão era Pedro Granado Martinez, hoje empresário do ramo imobiliário, que fazia a coluna social.
Bastante ligado à Diocese, Oswaldo conheceu o padre André, que estava montando com dom Jaime a Folha do Norte e o convidou para escrever uma coluna no novo jornal. Lá ficou até 1965.
Depois de dois anos longe da imprensa, Oswaldo foi bancário e comerciário, mas não se adaptou. Recebeu convite para trabalhar na Tribuna de Maringá, jornal semanal de Manoel Tavares.
Na Tribuna, que ficava na rua Santos Dumont, em frente ao prédio da antiga HM, a Hermes Macedo, entre a rua Basílio Sautchuck e avenida Paraná, a equipe de Manoel Tavares se resumia a Oswaldo e a Lenin Schimidt. Lenin faleceu no dia 12 de dezembro de 2008, aos 75 anos, tendo trabalhado no O Diário do Norte do Paraná e no Jornal do Povo. Em 1999, quando saiu do jornalde Verdelírio, era o responsável pela coluna policial.
Voltando a Oswaldo Lima, seu período foi curto no jornal de Tavares. Em 1968, se transferiu para o O Jornal, então comandado por Ardinal Ribas. O jornal mudou de dono várias vezes, até de nome, mas Oswaldo sempre continuou nele e sempre com Verdelírio Barbosa, que chegaram, numa determinada época, a ser sócios do matutino.Suas maiores alegrias foram as conquistas do Grêmio Esportivo Maringá, principalmente o título de 1968, na disputa do Robertinho, a segunda divisão nacional do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, competição das mais importantes do futebol brasileiro. O Grêmio venceu o Sport Recife por 3 a 0, em Pernambuco, e Oswaldo estava lá. Acompanhar o time em outro estado, ainda mais em outra região do País, há 40, 50 anos, era o que se pode chamar de uma grande façanha. Apesar das dificuldades, os jornais A Folha do Norte e O Jornal sempre mandavam seus repórteres para acompanhar os jogos do Grêmio.
A equipe da Folha era uma das mais respeitadas do Paraná e os torcedores de Maringá e da região ficavam ávidos para ler as notícias. Espaços enormes eram destinados ao Galo do Norte.Oswaldo assistiu a vários jogos fora da cidade trabalhando na Folha.
“Eu lembro que a gente acompanhou o Grêmio, que foi campeão no Campeonato Estadual em 1963. Inclusive lá em Paranaguá, no jogo contra o Seleto. Em 64, o Grêmio participou da Taça Brasil, representando o Paraná, e nós fizemos a cobertura. O primeiro lá em Florianópolis, contra o Criciúma, e o segundo em Curitiba, contra o Metropol, porque naquela época os times, se o campeão estadual era do interior, tinha que mandar o jogo na capital. Então, mesmo naquela época difícil, a gente acompanhava o Grêmio.”
Oswaldo Lima morreu sem se render ao computador. Na sua sala no Jornal do Povo, escrevia, sempre de manhã, a coluna 'Em Cima do Lance', sobre esporte amador e profissional, na Olivetti Linea 88.
Até os 62 anos, idade que tinha quando sofreu enfarto fulminante em 19 de dezembro de 2002, gostava de relembrar da época de ouro do Galo do Norte, mas não apenas para ficar se lamentando. Pelo contrário. Sempre acreditou que um dia o Grêmio voltaria a ser forte. Todo movimento na cidade que visasse reerguer o futebol profissional, ele dava o seu apoio.
O mineirinho Oswaldo Lima, que também tinha espaço no coração para abrigar o Vasco da Gama, deu lição ao acreditar, até o fim da vida, na volta dos anos dourados do futebol maringaense. Ele sempre soube que os tempos eram outros, mas jamais desistiu de acreditar. Oswaldo viveu o futebol e neste mundo criou sua história e cultivou amigos.
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Oswaldo Lima foi presidente e fundador da Liga de Futebol de Salão de Maringá, em 1971.
Elói Silva entrega ao MEM cópia da ata de fundação da Liga de Futsal de Maringá e estatuto
Nosso amigo Elói Silva esteve no Museu Esportivo em maio de 2019 levando uma cópia da ata da assembleia de constituição da Liga de Futsal de Maringá, entidade da qual ele foi um dos fundadores, e do estatuto, aprovado pela Federação Paranaense de Futebol de Salão. A LFSM foi fundada em 14 de maio de 1971.
A lista de fundadores é de 52 membros, tendo como primeiro presidente o saudoso Oswaldo Ferreira Lima, que ficou no cargo até 1980. Depois, pela ordem, vieram João Vercesi, já falecido, Dorival Volpato, Pedro Araújo, já falecido, Aldi César Mertz, Pedro Araújo novamente e, atualmente, Mertz.
Em 2011, nas comemorações dos 40 anos da Liga e dos 50 anos do futsal em Maringá, Elói, que é advogado, foi um dos entrevistados para o documentário 'Histórias que a bola pesada contou', produzido em dirigido por Antonio Roberto de Paula. O depoimento de Elói foi de suma importância para compreender o início da bola pesada na cidade. Ele foi um dos primeiros árbitros dos jogos realizados na associação da Hermes Macedo, a Hermácia, e no Aeroclube.
Elói contou sobre as equipes e os jogadores de destaque da época, bem como fatos engraçados, principalmente em função da rivalidade dos times e da dificuldade para compreender as regras do novo esporte, pois nem mesmo os árbitros tinham um total entendimento, o que gerava muitas discussões.
O documento de 34 páginas entregue por Elói é de grande relevância para consultas e pesquisas sobre o futsal maringaense. Agradecemos ao amigo Elói o apoio ao MEM.
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Cidade homenageia Oswaldo Ferreira Lima
Pupin entregou Centro Esportivo Oswaldo Ferreira Lima para região do Três Lagoas (23.05.2012)
O prefeito Roberto Pupin fez a entrega oficial do Centro Esportivo Oswaldo Ferreira Lima, na noite de terça-feira (22), com a presença de moradores do Jardim Três Lagoas e bairros da região. “É uma satisfação inaugurar uma obra com o nome de Oswaldo Lima, pela atuação que teve no esporte e também por ter sido o presidente da primeira Liga Amadora de Futsal. Vamos continuar investindo na estrutura esportiva maringaense, possibilitando assim a revelação de atletas de Maringá, que estão se destacando em competições importantes fora de nossa cidade”. O novo centro vai beneficiar moradores do Parque Hortência, Conjunto Thaís, Ouro Cola, Ney Braga, Jardim Olímpico e Moradia Atenas. Para a construção do centro esportivo foram investidos R$ 2.199.346,22, disponibilizados pelo Ministério dos Esportes e Prefeitura. Pupin também lembrou que aquela região está em pleno desenvolvimento e a administração municipal vem investindo fortemente em equipamentos públicos para melhor atender a população. “Já entregamos o asfalto no Andréa, no Continental, nas avenidas das Torres e Pintassilgo, além de casas no Jardim Atenas e no Conjunto Maurílio Correa Pinho. Também inauguramos aqui a Escola Municipal no Conjunto Thaís”, comentou o prefeito destacando ainda que em breve a administração vai entregar mais de 250 apartamentos no condomínio Santa Clara e Santa Julia e a ATI do Conjunto Thais. “Estamos trabalhando em novos projetos para atender toda a comunidade dessa região”. O centro conta com salão comunitário; vestiários; piscina; quadra de poliesportiva; campo de Futebol Suíço iluminado; Academia da Primeira Idade (API), estacionamento, além de setor administrativo, e três técnicos desportivos. O secretário de Esportes e Lazer e Chefe de Gabinete, Walter Guerlles, destacou que muitas pessoas contribuíram para que essa obra fosse realizada. “Investir no esporte também é investir no desenvolvimento da cidade. E é o que estamos fazendo nos últimos anos, investindo na construção da Vila Olímpica, de Centros Esportivos e Academias da Terceira Idade, além de incentivar e promover eventos esportivos que colocam nossa cidade em destaque no esporte nacionalmente”, declarou Guerlles. Na solenidade estavam presentes secretários municipais, os vereadores Aparecido Domingues Regini “Zebrão”, Luiz do Postinho, Belino Bravin e Marcia Socreppa, comunidade e familiares do homenageado. Alexandre Pietrangelo Lima, filho de Oswaldo Lima, agradeceu a administração pela homenagem feita a seu pai. “Uma homenagem mais que merecida, por tudo que ele fez pelo esporte maringaense. Era uma pessoa apaixonada pelo esporte. Durante toda sua vida contribuiu muito para formar grandes atletas para nossa cidade. Eu e minha família estamos muito felizes”. Representando a Câmara, o vereador Zebrão parabenizou a administração pela bela homenagem prestada a Oswaldo Ferreira Lima, grande nome do esporte maringaense. “O esporte maringaense tem trazido bons resultados. Que essa nova estrutura sirva para consolidar as amizades e também seja mais um espaço para formarmos mais atletas', comentou o vereador. A moradora do Jardim Três Lagoas, Cleide Narciso de 55 anos, estava ansiosa pela entrega do espaço. Agora vamos poder realizar nossas atividades com um espaço tão bonito e bem equipado como esse”, comemorou a dona de casa. A presidente do bairro, Antonia Isepato dos Santos, agradeceu o prefeito pela belíssima obra realizada. “Estamos vendo a realização de um sonho. A construção desse espaço era uma reivindicação antiga da comunidade, que agora estamos vendo se tornar uma realidade', agradeceu Toninha. Durante a inauguração o Grupo Aliance, de capoeira do Mestre Binha realizou uma apresentação para os presentes.
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Em 2002, a Liga de Futsal de Maringá promoveu a Copa Oswaldo Lima de Futsal Master
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Legenda foto 1969 – Oswaldo Lima e Antonio Paulo Pucca - Oswaldo Lima foi um jornalista dos bons tempos do Grêmio, por muito tempo no O Jornal de Maringá, e um dos que mais retratou a equipe maringaense, e foi feliz em cobrir a gloriosa fase Alvinegra. Nesta imagem rumo ao Recife ele está com Antônio Paulo Pucca, naquela histórica final do Robertinho, 1968, disputado em 1969, segundo jogo, apaixonados que eram por aquele time, em um dos momentos mais importantes do futebol de Maringá. Quando o Galo derrotou o Sport por 3 X 0, lá e aqui, onde Edgard Belisário fez dois gols, em cada um deste jogos, confirmando o seu talento de um grande artilheiro. São mesmo histórias para não esquecer! (Nelson Pedro Martins)
Legenda – foto – chaveiro - O nosso amigo do Museu Esportivo, o publicitário Claudomiro Venancio faz mais uma doação ao MEM: um chaveiro da Liga de Futebol de Salão de Maringá da década de 1970. Já recebemos chaveiros da LFSM de outros amigos, mas este, diferentemente dos demais, traz no verso o nome do saudoso Osvaldo Lima, colunista esportivo, um dos primeiros presidentes da entidade fundada em 14 de maio de 1971. Desde que iniciamos com o Museu Esportivo, o Claudomiro vem nos apoiando, divulgando e fazendo doações de livros e jornais antigos, assim como seu filho Carlos Alexandre Venancio, outro amigo colaborador do MEM.
Legenda - foto - década de 1980 - OPswaldo no time do O Jornal de Maringá.
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Galeria completa das Fotos do Lançamento de "Maringá Futebol Memória" na Casa de Bamba
Botafogo campeão carioca de 1967. Final no Maracanã, dia 17 de dezembro contra o Bangu, Vitória por 2 a 1, gols de Roberto Miranda e Gérson.
Foram 18 jogos com 15 vitórias, 2 empates e 1 derrota.
A campanha: América 1x0 e 2x1; Bangu: 3x1 e 2x1; Campo Grande: 1x1 e 3x0; Flamengo: 2x1 e 1x0; Fluminense: 1x0 e 1x1; Olaria: 3x1 e 1x0; Vasco da Gama: 0x2 e 3x1; Bonsucesso: 1x0; Madureira: 2x0; Portuguesa: 1x0; São
Roderley homenageado pela Confraria Amigos da Bola, em Curitiba
(Texto de Zé Domingos, da Confraria Amigos da Bola) Fotos enviadas por Feliz Dias
Nascido em 1939 em Olímpia, São Paulo foi lá mesmo que Roderley Geraldo de Oliveira se encaminhou para o futebol desde garoto e aos dezessete anos era profissionalizado pelo clube local.
Mostrando categoria, classe, elegância e firmeza as suas atuações chamaram atenç
Museu Esportivo lança o projeto “Parceiros do MEM” nesta terça-feira (11), às 9 horas
O Museu Esportivo de Maringá fará o lançamento do projeto “Par
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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