A Cantina do Zitão, como vocês sabem, era um animado lugar onde os solteiros da recém-nascida Maringá se encontravam para saborear a comidinha gostosa de Dona Maria José. Desde janeiro de 1955, quando aqui cheguei, e por mais alguns anos, fui um dos clientes da casa. Ali, por afinidades várias, meus mais frequentes companheiros de mesa eram dois dos nossos mais ilustres pioneiros do ensino: José Hiran Sallé e Aniceto Matti. Do bom Hiran já lhes falei; hoje vou falar do bom Aniceto, o querido maestro Matti, do qual sentimos todos uma saudade enorme.
Italiano de Piacenza, nasceu no dia 9 de janeiro de 1920. Artista de alma e coração, frequentou desde criança um renomado conservatório, de onde saiu com os diplomas de Música e Literatura Poética e Dramática. Um dia alguém lhe disse: “Você tem talento, bambino. Vai longe na vida”.
Aniceto ficou com aquela ideia na cabeça. Mas se era para “ir longe na vida”, então teria de vir longe mesmo. Trabalhou durante alguns anos em escolas de música na Itália, juntou umas economias, atravessou os mares, desembarcou em Buenos Aires. Nos primeiros tempos, para sobreviver enquanto aguardava melhores oportunidades, tocava piano em restaurantes e casas de tango. Até que numa certa manhã de janeiro de 1953 recebeu carta de um amigo e conterrâneo convidando-o para vir ao Brasil conhecer uma cidade novinha chamada Maringá.
Veio, gostou, acreditou, ficou. Começou fazendo um acordo com a Rádio Cultura, onde havia um piano utilizado para animar programas de auditório. Ele tocaria nos programas; em troca a rádio lhe emprestaria o instrumento para ele dar aulas. Centenas de crianças e jovens aprenderam a tocar piano ali.
Com o seu valioso currículo, mais um grande talento e aquela sua simpatia contagiante, em pouco tempo Aniceto passou a trabalhar como professor de educação artística em vários colégios, ao mesmo tempo em que formava e regia diversos grupos corais e ainda conseguia tempo para tocar piano e acordeón nas orquestras do Marchini e do Penha em bailes, cerimônias de casamentos e em outras solenidades. Um homem de coração puro e belo, que jamais teve inimigos. Um gênio a serviço da comunidade. Ponto de partida da história da arte dentro da história desta cidade. Sua obra-prima: a música do Hino a Maringá, com letra de Ary de Lima.
Será eternamente lembrado pelo muitíssimo que fez – como professor, instrumentista, compositor, maestro; como rotariano responsável pela coordenação da Olimpíada de Matemática Giampero Monacci; como uma das pessoas mais gentis e simpáticas que esta cidade já conheceu. Mas sobretudo como um homem bom e do bem.
Aniceto Matti formou família aqui. Fez de cada maringaense um amigo e irmão. Foi para o céu aos 80 de idade, no dia 14 de dezembro do ano 2000. A bênção, Maestro!
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(Crônica publicada no Jornal do Povo – Maringá – 20-8-2020)
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“Naquela tarde de 2 de outubro de 1977, o torcedor maringaense comemorava o título sem imaginar que seria o último”
Falta para o Grêmio no bico da grande área. A equipe maringaense está perdendo para o Coritiba por 1 a 0, no Couto Pereira, na decisão do Campeonato Paranaense de 1977. Itamar cobra a falta. Gol do Galo. Final: 1 a 1. Grêmio campeão. Naquela tarde de 2 de outubro de
Atuando na meia-direita ou volante, Valdir Manuel dos Santos, o Didi, foi um dos maiores da história do futebol de Maringá e do Paraná, sendo campeão paranaense pelo Galo do Norte em 1977. Nascido em 18 de abril de 1949, em Santos-SP, Didi iniciou a carreira no Santos em 1968, tendo atuado, além do Grêmio Maringá, nas seguintes equipes: Portuguesa Santista, Rio Branco-PR, América-SP, Palmeiras, Pinheiros, Atlético Paranaense, Color
Durante nove anos, Walter Poppi escreveu na Folha do Norte. De 1970 até o jornal cerrar as portas em 1979. Poppi começou precocemente. Aos 14 anos, em 1962, no O Jornal de Maringá, estava escrevendo as primeiras laudas como auxiliar de Antonio Calegari, o Foquinha, considerado um dos melhores repórteres policiais da época.
Antes de ir para a Folha, Poppi trabalhou quatro anos na Prosdócimo, empresa de móveis e eletrodomést
Nosso amigo do Museu Esportivo de Maringá, o advogado Reginaldo Aracheski, criador do Memorial do Futebol da Lapa, cidade paranaense histórica, fundada em 13 de junho de 1769, conta a Antonio Roberto de Paula detalhes de um amistoso realizado na Itália, em 1963, entre a seleção daquele país e a brasileira:
'O primeiro, à direita, na foto é Angelo Benedetto Sormani, meu amigo que mora em Roma. Nesse amistoso,
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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