As palavras surgem com dificuldades. Hoje, não haverá nada de mediúnico, se é que algum dia houve. É transpiração absoluta, é a cabeça latejando. São muitos os temas com possibilidades de render uma história, porém eles chegam, passeiam na mente, mas não tomam corpo. Saem ou se escondem para voltar mais tarde, quando já não me interessam tanto. Hoje, não vão surgir frases prontas, nada de entrega em domicílio, de transferência imediata do cérebro para os dedos.
Mas não vou desistir. Quem sabe, escreverei sobre o Hino do Galo, que fiz com o Cláudio Viola, com os arranjos do Ronaldo Gravino. Com aquela voz versátil aliada a um instrumental vibrante, o artista Ronaldo deu vida às nossas estrofes ufanistas e esperançosas no clube maringaense.
Nesta sôfrega busca, rastreio notícias. Lembro-me de que a Cidade Canção faz aniversário no mês que vem. Então, vou deixar para quando maio chegar. No mês das mães, das noivas e de Maringá pretendo fazer minhas modestas homenagens relembrando fatos históricos ou aqueles bem pessoais. Quero me irmanar ao sentimento maringaísta e comemorar com orgulho e satisfação o aniversário da menina sexagenária.
O surto da dengue, como nunca se viu por estas bandas, também renderia. O trânsito endiabrado, com pouco espaço para muitos carros, ônibus, motos, bicicletas e carroças é outro assunto que poderia chamar a atenção do estimado leitor, que muito me honra ao dedicar alguns minutos de seu precioso domingo para abrir esta página.
Daria para discorrer sobre os meninos e as senhoras pedindo dinheiro nos semáforos. A prefeitura pôs placas pedindo para que a gente não dê dinheiro, mas as moedas continuam a ser dadas, alimentando a mendicância. Os flanelinhas, aqueles metidos a valente, também são um bom e revoltante tema. Na pressão e na ameaça, eles pedem para cuidar do seu carro. E você, desamparado, olha para os lados e, com bom senso, aceita a extorsão.
São tantos os assuntos, mas nenhum deles me inspira suficientemente para pô-los na tela. Então, fico procurando algo ameno que poderia exercitar meu debilitado, mas sempre presente, espírito poético. Penso nos canteiros de flores que estão sendo formados na Tiradentes, reforçando o título, pelo menos para mim, de a mais bela avenida da cidade.
Agora há pouco vi uma fila de crianças de uma escolinha. Todas elas uniformizadas, de mãos dadas, atravessando a faixa de pedestres, com uma tia na frente e outra atrás. Cheguei a pensar em escrever sobre elas, sobre essa turma que começa a dar os primeiros passos para enfrentar as inseguranças nas faixas desta vida, deste mundo de futuro incerto. Mas hoje vou ficar na superfície. Como alguém que se senta no banco da praça só para ver a paisagem.
(Do livro de Antonio Roberto de Paula ´- “Diário dos Meus Domingos”, 2011 – textos publicados no jornal O Diário do Norte do Paraná de 2006 a 2009)
Em 1945, Arlindo e Mário Pedralli compraram uma fazenda de 150 alqueires em Ourizona, depois de venderem uma propriedade de 20 alqueires na cidade paulista de Rancharia. A vinda dos irmãos com suas respectivas famílias a Maringá aconteceu dois anos depois. Em 1947 e 1948, os Pedralli se estabeleceram na cidade até que parte da mata da propriedade fosse derrubada e iniciado o plantio de café.
Na fazenda batizada de S&
(Antonio Roberto de Paula - Livro: Diário dos meus domingos, 2011)
O espaço de hoje é dedicado ao amigo que liga a qualquer hora querendo saber como vai a sua vida ou para contar um fato que aconteceu agora há pouco ou há 20 anos, ao que manda e-mails de piada com graça ou sem graça, uma corrente de oração ou fotos mostrando as maravilhas arquitetônicas dos países do leste euro
Na Rua do Rosário, em Ponte Nova de Minas, acabara de nascer uma criança. Menino ou menina? Professor. De quê? De tudo. Um nome chique lhe deram: José Hiran Salée.
No Departamento de Letras da UEM, onde fomos colegas durante uns bons anos, minha mesa ficava ao lado da dele na sala dos professores. Ali, de papo em papo, em meio a intermináveis discussões sobre sinédoques e anaptixes, acabei conhecendo tin
Um dos responsáveis pelo noticiário local da Folha do Norte do Paraná, de 1970 a 1971, era o francês Henri Jean Viana, nascido em Paris, em 1947, e que havia chegado com a família em Maringá em meados da década de 1950.
O óbvio apelido de Francês foi colocado pelos seus colegas de rádio em 1964, quando entrou na Rádio Atalaia como auxiliar de escritório, cargo em que permaneceu pouco tempo. Passou
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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