Um dos responsáveis pelo noticiário local da Folha do Norte do Paraná, de 1970 a 1971, era o francês Henri Jean Viana, nascido em Paris, em 1947, e que havia chegado com a família em Maringá em meados da década de 1950.
O óbvio apelido de Francês foi colocado pelos seus colegas de rádio em 1964, quando entrou na Rádio Atalaia como auxiliar de escritório, cargo em que permaneceu pouco tempo. Passou a técnico de som e depois a noticiarista.
Da Atalaia, Francês foi para O Jornal de Maringá. Em 1968, A. A. de Assis o chamou para trabalhar na Folha do Norte. Recusou porque o salário era o mesmo que ganhava no O Jornal.
“E eu disse: - Mas, quanto?” Ele falou: - 200. Eu disse: - Não, 200 eu ganho aqui no O Jornal. Aí, ele disse: - Mas aqui você vai trabalhar na Folha do Norte! Aí, eu falei: - Mas isso não me satisfaz, entendeu? Naquela época, jornalismo era um negócio mais boêmio, uma coisa bem mais desprendida de qualquer organização. Não existia essa preocupação de hoje. Pelo menos que eu visse, não. A cidade era pequena, a Folha era um jornal pioneiro, tinha que ter moral.”
Francês acabou aceitando o convite dois anos depois. Comparando o trabalho que realizava há 40 anos com o de hoje, ele vê muita diferença.
“Era muito desorganizado. Não tinha pauteiro, não tinha diagramador, quem diagramava era o próprio repórter. Não tinha revisor. O revisor só comparava o que estava escrito na lauda com o que estava escrito lá.”
Seus companheiros de redação, na época, eram o clã dos Serra, como ele chama os irmãos Elpídio e Ismael, que se revezavam na chefia do setor, e Wilson, A. A. de Assis, Frank Silva, Walter Poppi e Valdir Pinheiro.
Francês não gosta de recordar aquele tempo. Não porque algo tenha lhe marcado de forma triste ou alguma contrariedade. Ele é um homem prático, que prima pela racionalidade, entendendo que o importante é o que está acontecendo.
No intervalo entre a Folha do Norte e O Diário, trabalhou na TV Tibagi, afiliada do SBT. Intimamente ligado à política da cidade, escreveu por 14 anos a coluna DNP, na página 2 de O Diário. Para Francês, o jornalista perdeu a criatividade com o passar dos anos.
(Capítulo do livro “O Jornal do Bispo - A História da Folha do Norte do Paraná”, escrito por Antonio Roberto de Paula em 2001)
“Hoje em dia está mais engessado, com faculdade. Naquele tempo eu via muita gente escrever sobre textos abstratos. Chegava no Dia do Jornalista, o sujeito escrevia um texto sobre o que ele achava do jornalista, dava a opinião dele. O jornal tinha orelhas, lugar em que vão dois textos. Eu me lembro até hoje de um texto que o Rubens Ávila, escreveu sobre o domingo: - Hoje é dia de colocar um tênis folgado, um calção, dar uma volta na cidade... Então, falta esse o componente.”
Francês é considerado por grande parte da imprensa o melhor pauteiro da cidade, função que exerceu no O Diário de 2001 a 2004. Entre 1997 e 2000, ele esteve no comando da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Maringá, retornando em 2005, onde ficou até final de 2006.
O espírito crítico de Francês, hoje chefe da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Maringá, cargo que ocupa desde 2007, avança até à profissão de jornalista. Lembra dos seus companheiros da Folha do Norte, que exercitavam a profissão a qualquer hora, eram os “fuçadores”, amavam aquilo que faziam. Era a paixão em estado bruto.
“Você era jornalista porque tinha jeito para a coisa. Você tinha aquela curiosidade. O composto principal de todo o repórter é ser muito curioso, um cara de mente bastante aberta. Hoje em dia, não. O cara entra na faculdade, mas eu acho que o ideal é o cara ter a queda para o jornalismo e ao mesmo tempo fazer a parte técnica. Você era jornalista porque achava que tinha de ser daquele jeito. Hoje, não. Você é jornalista e faz, sabendo que a técnica é aquela. Naquele tempo, todo mundo fazia um pouco de tudo, todo mundo se interessava. Hoje, você trabalha cinco horas. Naquele tempo eu entrava no jornal às 8 da manhã e saía às 10 e meia da noite. A gente adorava fazer aquilo, gostava. Não tinha o sindicato para te defender.”
“Quando contava as façanhas do meu ídolo, absorto naquela figura que deu tantas emoções à nação corintiana, recebi a notícia da morte do meu amigo Igor Massi”
Já estava na metade do artigo sobre Ronaldo, o grande goleiro corintiano, campeão paulista em 88, 95 e 97, brasileiro em 90 e da Copa do Brasil em 95. Titular por dez anos na mais difícil posição e no cl
Guga é como aquelas pessoas que parece fazer um tempão que a gente conhece, daquelas que não pedem licença e vão entrando. Por onde vai, Guga carrega a humildade, que aflora em todos os momentos. Ou melhor, não precisa aflorar, já está presente nas suas palavras, no seu sorriso, no seu jeito de ser. Ele é daqueles meninos que a gente fica torcendo para dar certo na vida, que adotamos sem nenhuma razão aparente, que pedimos
Toda vez que passo em frente bate uma forte e bonita saudade. Um bom pedaço da história de Maringá teve o seu epicentro ali. Era a sala vip da cidade, o ponto de encontro das lideranças que na época determinavam rumos.
Lembro-me bem de ter estado lá na fase de acabamento da obra, junto com um grupo de jornalistas. Foi quando conheci o querido pioneiro Joaquim Moleirinho, com quem anos após tive longa conviv&ec
Vindos do interior paulista, os irmãos Carniel eram donos de 40 alqueires em Maringá, numa faixa de terra que incluía o Jardim Industrial, o Parque Itaipu até o Contorno Sul. Antonio chegou primeiro, em 1944, viu as terras, gostou, alugou uma casinha e chamou os irmãos. Adquiriram as propriedades junto à Cia Melhoramentos Norte do Paraná.
José, um dos irmãos, sitiante em Presidente Bernarde
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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