Texto de Paulo Roberto Grani.
Foto do estádio Durival de Birto e Silva, em 1947, da coleção de Cid Destefani.
O futebol brasileiro deu seus primeiros passos ao lado das ferrovias. Em cada estação [de trem] tinha um campo de futebol, que era praticado pelos operários das ferrovias.
As ferrovias tinham uma importância social gigantesca. Por meio delas, o desenvolvimento chegava ao interior do Brasil e, de carona, o futebol ia se expandido junto com as linhas férreas. Brasileiros que eram contratados pelas companhias europeias começaram a se interessar pelo esporte. Com a expansão do futebol, incontáveis clubes eram formados a partir dos jogos disputados pelos ferroviários.
O mais antigo deles surgiu em 1900 – cinco anos depois de Charles Miller rolar a pelota no país. O Sport Club Rio Grande conseguiu seu primeiro estádio graças a um empréstimo da companhia ferroviária Compagnie Auxiliare de Chemins de Fer du Brésil. Inúmeros clubes tiveram como berço as ferrovias e os ferroviários. Afloraram times com o nome “Ferroviário” em quase todos os estados.
No Paraná, dos times mais representativos surgidos a partir do trilho férreo, merece destaque o Clube Atlético Ferroviário, fundado em Curitiba, em 12 de janeiro de 1930, na residência do ferroviário Ludovico Brandalise, após a cisão ocorrida no Britânia Sport Club.
Num primeiro momento, o Ferroviário surgiu para congregar os funcionários e os operários da Rede, disputando apenas campeonatos amadores. Ao levar para as suas fileiras os principais jogadores do Britânia, o Clube Atlético Ferroviário começou a decolar como time competitivo e, sobretudo, como força popular do futebol da capital paranaense.
Tornou-se oito vezes campeão de profissionais. Nos anos 40, o Ferroviário construiu o mais moderno estádio de futebol do Paraná, o Durival Britto e Silva, considerado à época o melhor estádio do país depois de Maracanã e Pacaembu, tanto que sediou duas partidas da Copa do Mundo de 1950 – Estados Unidos x Espanha e Suécia x Paraguai. Além disso, o clube foi o primeiro representante paranaense no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, em 1967, competição que reunia os grandes times de Rio de Janeiro e São Paulo e que foi embrião do atual Campeonato Brasileiro.
Atualmente, o Ferroviário se chama Paraná Clube devido a sua fusão com o Britânia S.C. e com o Palestra Itália F.C. que, em 29 de junho de 1971, se fundiram formando o Colorado Esporte Clube. Em 1989 o Colorado uniu-se com o Esporte Clube Pinheiros, e dessa fusão surgiu o Paraná Clube.
No interior do Paraná, teve 'Ferroviário' na Lapa, em Londrina e teve um em Antonina. Além destes, destacam-se o Clube Atlético Ferroviário, de Morretes, o Ferroviário Esporte Clube, de Wenceslau Braz, e o Esporte Clube Recreativo Ferroviário, de Jaguariaíva, além do Ferroviário Esporte Clube, de União da Vitória. Em Ponta Grossa, surgiu Operário Ferroviário que mantém-se na ativa e disputa a 1.ª divisão do certame estadual.
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Década de 1970. Jogo de vôlei no Ginásio de Esportes do Maringá Clube, pertencente ao clube social Maringá Clube.
Nosso amigo do Museu Esportivo, Mauricio Azanha, envia a foto em que ele foi o segundo colocado na Corrida da Independência, em Paranaguá-PR, dia 7 de setembro de 2013. Mauricio comenta sobre a foto: "Já dizia Nelson Piquet, o segundo é o primeiro dos derrotados. Pois é."
Equipe do Esporte Clube Operário, de Maringá, 1968, que disputou a Taça Paraná daquele ano. Foto enviada pelo amigo do Museu Esportivo de Maringá, Luiz Antonio Capelato, que atuava naquela equipe. A escalação: Valdinei, Édson, João Paulo, Velson, Toniquinho, Hélio Pelosi e Iracy Mochi (presidente);.
agachados: massagista Bebê Johnson, Capelato, Tião, Pudim, Léo de Paula e Sapit
Nosso amigo Oswaldo Luiz Patrão doou ao Museu Esportivo de Maringá fotos suas dos anos 1960 e 70, quando atuava no futebol de campo e futsal em Nova Esperança e Maringá. Patrão pertenceu aos selecionados de Maringá e de Nova Esperança, onde deu seus primeiros chutes nas bolas de capotão e nas bolas pesadas do futebol de salão. Ele foi Funcionário do Bamerindus, sendo o presidente da Associação dos Funcion&aacu
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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