Agradecimento ao amigo do Museu Esportivo de Maringá, Vilmar Aparecido Alves, da Papelaria Paradiso, que doou para o nosso acervo dois discos históricos de vinil de 1980, comemorativos ao título paranaense do Cascavel Esporte Clube, com homenagem na capa ao presidente do clube, na época, Nelson Vettotello. Naquele ano, a Federação Paranaense de Futebol, que era presidida por Luiz Gonzaga da Motta Ribeiro, tomou uma decisão polêmica, homologando dois campeões: o Cascavel e o Colorado Esporte Clube, que na fusão com o Esporte Clube Pinheiros, em 18 de dezembro de 1989, se tornou Paraná Clube.
Por isso o long-play, produzido pela Fermata Indústria Fonográfica Ltda, tem na capa, no alto, à esquerda, na diagonal, a inscrição “Legítimo”. O vinil contém narrações de gols da Cobra da equipe Positiva, da Rádio Clube Paranaense comandada pelo narrador Lombardi Junior, que faleceu em janeiro de 1994 em acidente com o barco em que pescava no litoral paranaense, e pelo Capitão Hidalgo, comentarista e nome histórico do Coritiba.
Vilmar conta que estes discos estavam com a sua família desde que foram lançados e sabedor do nosso trabalho de resgate e preservação da memória esportiva, decidiu fazer a doação. Ele é apaixonado por futebol e chegou a jogar na equipe júnior do Grêmio de Esportes Maringá em 1989 e 1990, atuava na meia-esquerda e era chamado de Rambo, não pelo físico, mas porque chegava fardado do Tiro de Guerra para os treinos no Brinco da Vila.
O saudoso Mário Juliato, que foi técnico e gerente de futebol do clube, acreditou no potencial de Vilmar, que chegou a atuar alguns jogos no Paulista de Jundiaí. No retorno a Maringá, jogando em equipes amadoras de Maringá e da região, surgiu a oportunidade de se profissionalizar no Atlético Clube Paranavaí. Fez bons treinos, chamou a atenção dos dirigentes, que decidiram contratá-lo, mas preferiu voltar a Maringá.
No futebol, Vilmar fez grandes amigos, como Roderley Geraldo de Oliveira, que foi seu vizinho no bairro Vila Nova. Ele lembra com saudades daqueles tempos, quando, na maioria das vezes, era preferível ter um bom emprego a arriscar a vida no futebol. Hoje, as dificuldades também são grandes para ingressar no profissionalismo, mas existem maiores possibilidades, bem diferente dos anos 1990.
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Relembre como foi a conquista do título do Cascavel Esporte Clube
A equipe do Cascavel era comandada pelo treinador Borba Filho, grande amigo do Museu Esportivo de Maringá, falecido no dia 5 de abril de 2021, aos 82 anos, em Itajaí-SC.
(Informações do blog – www.livrai-noscascavel.blogspot.com)
Em 30 de novembro de 1980 o Cascavel Esporte Clube sagrou-se campeão paranaense de futebol, em título compartilhado com o Colorado.
Eram tempos em que o goleiro Zico fazia gol com um chute dado dentro de sua própria área e dava passe ao artilheiro Paulinho Cascavel para completar – o goleiro Joel Mendes foi sua grande vítima.
O CEC foi fundado em 19 de janeiro de 1979 e imediatamente se sagrou v
ice-campeão estadual da segunda divisão, sob o comando do presidente Nelso Vettorello, diretor de futebol Ivo Roncáglio e o supervisor Darci “Tchê” Casagrande.
Além de Zico e Paulinho Cascavel, a força do CEC estava no armador Osmarzinho, Sérgio Ramos (que vinha da seleção brasileira Sub-20), Rubens Laranja, Manoel, Claudinho, Valdeci, Djalma, Doquinha, Edivaldo, Edvaldo Lima, Marcos, Maurinho, Dudu, Renê, Rubens Paula, Cuca, Nilso, Dico e Nelo.
Inicialmente sob o comando técnico de Sérgio Lopes, a campanha foi levada até o fim por Borba Filho, um treinador que fez fama como campeão pelo Coritiba.
O Cascavel foi campeão do primeiro turno e disputou o título contra o campeão do returno - o Colorado. O título seria decidido em um jogo só, em Curitiba.
Mesmo podendo perder por até quatro gols e ainda assim ganharia o título, o CEC estava preparado para uma armação, que se tornou evidente logo ao chegar ao estádio.
Com dois jogadores expulsos e perdendo por 2 a 0, Borba Filho decidiu sacar outros jogadores por motivo de contusões. Como não podia mais fazer substituições e sem haver número legal de jogadores em campo, o árbitro Tito Rodrigues deu o jogo por encerrado.
O Colorado comemorou o título, mas como o CEC podia perder por até quatro gols, deu tapetão: em 4 de dezembro, numa decisão salomônica, o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Luiz Gonzaga da Motta Ribeiro, declarou os dois clubes como campeões.
Pela manobra antidesportiva popularmente denominada “cai-cai” (simular contusões para não haver número legal de jogadores em campo) o CEC foi punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva da FPF, perdendo a vaga na Série Ouro do Campeonato Brasileiro.
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JC Cecílio, grande colaborador do MEM, trouxe mais relíquias para o nosso acervo: uma mini-flâmula do New York Cosmos, exemplar de novembro da Revista E (edição de novembro), gibis do Neymar e do Ronaldinbho Gaúcho, livro-novela "Uma história de futebol", de José Roberto Torero, edição especial de junho de 1970 da revista Fatos & Fotos (Brasil tricampeão) e reproduções do O Jornal, de 1975,
-Texto publicado no site www.taniatait.com.br, dia 17 de setembro de 2020.
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No entanto, o futebol que tanto encanta, traz uma série de problemas. Quatro desses problemas chamam muito a atenção: a falta do futebol arte; o descaso do jogador pela
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Museu Esportivo de Mairngá, o endereço da memória esportiva.
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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