No final de 2008, o amigo Rogério Recco me convidou para que escrevêssemos um livro sobre este O Diário, jornal que comemorou 35 anos no dia 29 de junho de 2009. Após meses de pesquisas e entrevistas, o trabalho ficou pronto. Depois de folhearmos milhares de páginas, anotar, fotografar e conversar com muita gente, o livro foi publicado.
Ninguém sai incólume depois de mergulhar intensamente no passado, como fizemos. Por mais que se queira manter o providencial distanciamento para não se deixar influenciar por determinados episódios, não é possível ficar alheio. Também não é possível simplesmente esquecer e entrar em outro trabalho como se nada tivesse acontecido. Você sai fortalecido. E incomodado, querendo contar indefinidamente esta e outras histórias.
Para quem acompanha a vida desta cidade, desde que os jipes rodavam sobre a terra e depois sobre os paralelepípedos do centro, como é o nosso caso, escrever a história destas três décadas e meia de O Diário foi como fazer um retorno. O jornal viveu e vive esta pauta chamada Maringá.
O que fizemos foi entrar num imenso pomar e arrancar as frutas mais belas e saborosas. Se outros entrarem, certamente vão fazer escolhas diferentes, porque gostos, emoções e experiências mudam de pessoa para pessoa. Procuramos agir com isenção na definição da retrospectiva, como de fato deve ser, mas o coração também teve sua parcela de participação. E é muito bom que seja assim.
O livro é o produto final, e é gratificante ter ajudado a concebê-lo. Contudo, tão importante quanto a publicação foi a trilha percorrida para se chegar até ele. Enquanto montávamos essa linha do tempo escrita e fotografada pelo O Diário, pudemos perceber de forma cristalina as transformações da cidade, as mudanças no comportamento, os detalhes de cada época, as vitórias e os ocasos, a dinâmica do poder em todas as áreas. O Diário buscou ser espelho deste tempo, intérprete desta história e agente propagador da cidade.
Mais do que milhares de edições arquivadas, a história viva do jornal está nos depoimentos de Frank Silva, esse intrépido rapaz que foi quebrando as pedras que encontrava no caminho até conseguir edificar um sonho. Também está na sua família, nos demais diretores, nos atuais e ex-funcionários.
Por meio do Frank, dos que estão na ativa e dos que passaram pelo O Diário, o Rogério e eu demos um divertido e inquietante passeio pelo passado. Cada personagem, à sua maneira, contribuiu para contar essa história. Uma história que vem sendo escrita em cada edição.
(Do livro de Antonio Roberto de Paula ´- “Diário dos Meus Domingos”, 2011 – textos publicados no jornal O Diário do Norte do Paraná de 2006 a 2009)
Meu último texto publicado na coluna “Da Minha Janela”, no Caderno D+. Comentei sobre o livro que ajudei a escrever. Com a publicação da obra e as crônicas, encerrei mais um ciclo no O Diário. Minha história com O Diário vem desde 1975, quando Jaime Vieira publicou poesias minhas em sua coluna “Sinal Verde”. Nos anos 80, joguei no time do jornal; na década seguinte trabalhei como repórter, pauteiro e secretário de redação; de 2006 a 2009 foram as crônicas.
Alcides Siqueira Gomes fala sobre todos os assuntos relacionados a Maringá com veemência e autoridade de quem nasceu na cidade no dia 1º de janeiro de 1947. Sobre comércio, religião, futebol, educação, política e administração municipal e seus respectivos personagens e fatos marcantes, inclusive do avião que caiu no centro da cidade em 1957. A memória de Alcides corre para busca
Olho para a cara do Seu João, e através dela vejo uma Maringá de 40 anos atrás. Em 1966, já achava Seu João um velho. Hoje, constato que ele não era tão velho assim. Eu é que era muito novo, e qualquer cidadão que usasse calças compridas, camisas de colarinho e botasse um cigarro na boca eu chamava de senhor. Ensinamentos de um pai que não escolhia hora nem local para chamar a atenção do fi
Jorge Fregadolli, nascido em Quatá, São Paulo, em 2 de março de 1938, filho de José Fregadolli e Palmyra Bóro Fregadolli, chegou a Maringá no dia 1º de fevereiro de 1953, numa época em que já se podia antever o célere desenvolvimento da cidade.
Logo que os Fregadolli chegaram, foram trabalhar numa fazenda onde hoje é o campus da Unicesumar. O menin
Por motivos fartos e facilmente compreensíveis, ele acabou ganhando status de atração turística – um dos pontos de parada obrigatória para todo grupo que visite Maringá pela primeira vez. Ali o guia aproveita para contar como começou a história da cidade: é o local do encontro entre o Maringá Velho e o Maringá Novo. Oficialmente, o nome do charmoso espaço é Praça Sete de Setembro. Mas
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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