Escorrego impacientemente os dedos no teclado enquanto olho para a tela virgem. Os minutos passam. Tento me concentrar em algo, quero abrir um espaço específico para nele colocar um fato, uma opinião, um sentimento, mas surgem tantos fragmentos...
Estou com o Pan na cabeça, admirado de que 70 mil pessoas tenham ido ao Maracanã ver as meninas golearem as americanas. Meninas humildes, vitimadas por um preconceito que felizmente é enfraquecido por ocasiões como aquela de quinta-feira (26). No pódio, com a medalha de ouro, derramando lágrimas de alegria e de dever cumprido, ao som do Hino Nacional entoado por todo o estádio, elas nos orgulharam. Aquilo sim foi uma demonstração de brasilidade!
A gente fica anos sem saber, ou acaba se esquecendo de que existem tantos atletas batalhadores sem apoio. A mídia elege o futebol, o vôlei e ocasionalmente um outro esporte. Vem uma competição como o Pan e somos informados das grandes dificuldades que eles enfrentam.
Por isso, quando vejo no pódio um atleta brasileiro desconhecido, sem patrocínio, fico arrepiado. Se for de um esporte que eu nada entendo, então admiro ainda mais sua superação. Fico torcendo para que, na entrevista, ele faça um desabafo daqueles de arrasar quarteirão, de fazer a tevê sair do ar.
As notícias do Pan vêm rivalizando com as do avião da TAM que explodiu em Congonhas. Os corpos continuam sendo identificados, os americanos vão levantar as possíveis causas do acidente por meio das caixas-pretas, e os culpados nunca vão ser punidos. Prossegue o caos e a culpa cai a cada dia em um colo diferente, até que se decida pela imperícia do piloto.
Já no mundo das celebridades instantâneas e substituíveis, a bola da vez é Camila Pitanga, que interpreta a prostituta e trambiqueira Bebel na novela das 9. Sucesso de sensualidade e malandragem com prazo de validade definido, porque logo surge outra beldade safada ou um bandido simpático.
A pelada da vez é Ana Paula Oliveira, que pôs em risco sua profissão de bandeirinha para ganhar o que não conseguiria em cem jogos da 1ª Divisão. Os torcedores de todas as torcidas agradecem, mas logo vão querer saber quem vai tirar a roupa no próximo mês.
Em Brasília, o Renan é um zumbi. Já o avisaram de sua morte, mas ele vagueia pelo Senado sem acreditar. É um cadáver político insepulto, acomodado na grande cadeira azul da presidência, sorrindo para todos nós. Os Renans estão por todos os lados. Este País está repleto de zumbis. Mas as meninas do futebol vão nos redimir. Minha tela já não está mais branca.
Homenagem à Seleção Brasileira de futebol feminino, campeã dos Jogos Pan-Americanos realizados no Rio de Janeiro. As meninas deram um show de bola e de brasilidade. Naqueles dias, o Pan tomou conta do noticiário nacional, e entre tantas medalhas conquistadas pelos brasileiros a do futebol feminino foi a que mais emocionou.
(Do livro de Antonio Roberto de Paula ´- “Diário dos Meus Domingos”, 2011 – textos publicados no jornal O Diário do Norte do Paraná de 2006 a 2009)
Nosso amigo Anderson Masson, artista gráfico, criou uma peça especialmente para o Museu Esportivo de Maringá do "Setembro Amarelo" - campanha brasileira de prevenção ao suicídio. Ajude-nos a divulgar. Compartilhe com seus amigos.
#museuesportivodemaringa #amigosdomuseuesportivo
Esporte Clube Pinheiros, janeiro de 1977
"Eu estava com 11 pra 12 anos nessa foto aí. Meu pai, Alirio Evaristo, me levou para assistir o torneio Taça Cidade de Curitiba, em janeiro de 1977. Ele era torcedor do Colorado, e me disse "você tem que ver meu time, é um timaço maravilhoso, espetacular e tal, você vai gostar". Fim de jogo, Pinheiros 2x1 Colorado. Pensei comigo "se o time do meu pai é bom, imagine esse de azu
O País respirava futebol naquele 21 de junho de 1970. Não era para menos. O escrete canarinho poderia chegar ao tricampeonato. A seleção comandada por Zagallo havia vencido todos os jogos da Copa do Mundo do México e tinha pela frente a Itália, que, com muita garra, chegara à final no Estádio Azteca, na Cidade do México.
A redação da Folha do Norte, que sempre ficava fechada aos domingos, porque n&atil
O amigo do Museu Esportivo de Maringá, Jair Carvalho, que todos conhecem como Golê, meio-campista que, mesmo aos 64 anos, continua batendo muito bem na redondinha, atuando nos campeonatos do Clube Olímpico de Maringá e defendendo as cores da equipe veteraníssima do Museu Esportivo de Maringá, fez um gol-relâmpago, em 1974, aos 18 anos, quando jogava na equipe amadora do time da cidade de Atalaia, 53 quilômetros de Maringá.
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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