Sempre fui apaixonado por futebol, uma paixão infinitamente maior do que a minha qualidade como jogador amador. Tenho muitas histórias de arquibancada e de sofá que marcaram minha vida de amante da bola. Tenho algumas de campo e de quadra, poucas, mas tenho.Tenho uma de 1971, quando tinha 13 para 14 anos. Guardo esta história com grande carinho porque foi a primeira vez que consegui ser protagonista num jogo (uma das poucas vezes, por sinal).
Vou contar. Em 1971, morava com a minha Vó Maria em Maringá (meu vô Jacinto tinha morrido naquele ano), minha família morava em Engenheiro Beltrão-PR. Meu pai, Milton, era gerente da Casa dos Retalhos daquela cidade e em 1972 retornamos a Maringá.
Quase todos os sábados eu ia para Engenheiro Beltrão com meu tio Zé Maria Barreto e minha tia Léa e voltava na segunda-feira com a kombi da turma que estudava em Maringá.
Minha alegria era chegar no Bar Central, do Seu Tula, compadre do meu pai, e ver meu nome na convocação do time infanto-juvenil do Engenheiro Beltrão. Às vezes começava jogando, às vezes ficava na reserva, mas era muita emoção vestir o uniforme do time e participar como centroavante das partidas no estádio João Cavalcante de Menezes. Quando o time, comandado pelo técnico Binão viajava pela região, então, era o máximo para aquele garoto magricela chamado Toninho.
Numa ocasião (aí que começa a história do protagonismo) fomos de kombi para São Jorge do Ivaí. Vencemos por 1 a 0, gol meu. Se não bastasse vencer aquele amistoso com meu gol (não consigo me lembrar como foi, sei que foi de dentro da área, mas não guardei detalhes), tive mais uma bela surpresa. O Binão chegou pra mim depois do jogo e disse pra eu pôr o uniforme da equipe juvenil, que iria jogar em seguida contra o São Jorge, porque eu ficaria na reserva. Puxa vida! Me senti o Toninho Guerreiro!! Não entrei no segundo jogo, mas não precisava. A crônica já estava pronta.
E a vida seguiu, bola rolando. Teve um jogo aqui, ali, nos campinhos de terra batida, nos colégios, nas quadras de cimento, nos gramados de chácaras e associações, em tantos lugares, uma vitória lá e cá, um gol ou outro, um titulozinho sem expressão de vez em quando, uma artrose no joelho direito, a insistência em continuar jogando, agora no time sub-70 do Museu Esportivo, mas São Jorge nunca saiu da mente. O infantil da AERBEB - Associação Esportiva Recreativa Beneficente de Engenheiro Beltrão (agora tiraram o "Beneficente") ficou no coração. Relembrar é retornar, um passeio de kombi pelo passado.
Hoje, quando converso com os velhos amigos de Engenheiro Beltrão, me lembro logo daquele dia. Acho que só eu me lembro. Para todos, a poeira do tempo deve ter levado essas recordações. Com tantos jogos nas costas, jogando ou comandando times fora do gramado, certamente o Binão não vai se lembrar. Meus companheiros de time, que tinha o canhoto Zé Antonio (que nunca mais vi) como o maior craque, também devem ter esquecido. O Toninho, que os queridos amigos do time do Alvorada e do Ceasa apelidaram de Guerreiro nos anos 70, vai viver para sempre com esta boa lembrança.
(Antonio Roberto de Paula, diretor do Museu Esportivo de Maringá)
A maior paixão de Mario Shinnai sempre foi o futebol. Por mais que houvesse o desencorajamento e as broncas do pai Yoshinari e da mãe Tsuriko, ele não desistiu. Por mais raro que fosse descendente de japoneses se destacar nesse esporte, com exceção dos que atuavam no gol, China, apelido ganho na infância, não desanimou, continuou a jogar futebol de campo e futebol de salão.
Nos a
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Lançamento de "Dispersos Versos Errantes" na internet: 8 de novembro de 2010
SOBRE AS ILUSTRAÇÕES DO LIVRO-BLOG DISPERSOS VERSOS ERRANTES PRODUZIDAS POR ESTUDANTES EM 2003
Em 2003, pedi ao Marco Aurélio Fabretti, então e
“Derrama algumas lágrimas ao pensar no dia em que estiver de fora vendo os garotos tropeçando na bola”
A bola foi esticada da direita para a esquerda. Uma perfeita diagonal. Da lateral até a ponta. Pedrão está cinco metros à frente do zagueiro, mas chega atrasado. Pesam os 47 anos e a barriga saliente. Vinte anos antes, ganharia na corrida e quando o adversário viesse babando para dar o carrinho, ele
Na Rua do Rosário, em Ponte Nova de Minas, acabara de nascer uma criança. Menino ou menina? Professor. De quê? De tudo. Um nome chique lhe deram: José Hiran Salée.
No Departamento de Letras da UEM, onde fomos colegas durante uns bons anos, minha mesa ficava ao lado da dele na sala dos professores. Ali, de papo em papo, em meio a intermináveis discussões sobre sinédoques e anaptixes, acabei conhecendo tin
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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