Últimas Publicações / Pela memória de Cuca, um apaixonado pelo futebol

José Marcílio Mazocoli Júnior é chamado de Júnior, de Juninho e, para os que o conheceram nas categorias de base do Grêmio de Esportes Maringá no final da década de 1980 e no início dos anos 1990, ele é o Cuquinha. 
Cuquinha não prosseguiu no futebol. Foi só um sonho de criança e adolescente. 
Ele montou uma empresa 'martelinho de ouro em Maringá e segue a vida gostando muito de futebol, de olho nos times da sua cidade e no Corinthians.
Cuquinha esteve no Museu Esportivo de Maringá acompanhando do amigo Ademir Pinesso, que trabalhou no Grêmio Maringá naquele período em que Cuquinha corria atrás da bola no Brinco da Vila e nos gramados de Maringá e da região.
As paredes do MEM emocionaram Cuquinha. Vieram muitas recordações dos seus tempos de garoto. Em todas elas, a figura do pai estava presente. O pai, José Marcílio Mazocoli, o Cuca, que faleceu em 2009, aos 70 anos, atropelado, era o seu maior incentivador. Cuca foi técnico, diretor, roupeiro e motorista das equipes pré-mirim, mirim e infantil do Grêmio Maringá durante dez anos, de 1987 a 1997. Era pau pra toda obra.
Tudo começou quando Cuquinha quis jogar no Greminho. Cuca levou o filho uma vez, duas vezes, todas as vezes e, diante da falta de estrutura do clube, algo comum no país, principalmente em se tratando de categorias menores, ele passou a a ajudar. 
Logo ganhou um cargo não renumerado e muitos encargos, que ele cumpria com paixão. Cuquinha diz que, no final, o pai estava se dedicando mais até ao clube do que à empresa de ferro velho da família.
Hoje Cuquinha analisa aquela época de forma leve, bem humorada, contando que sua mãe, dona Geni, tinha o varal repleto de camisas, calções e meiões da molecada do Greminho, material que o pai levava para casa quando faltava a lavadeira do clube. E não foram poucas as vezes.
A carro belina do Cuca também ficou famoso, que Pinesso e demais funcionários do clube na época se lembram muito bem. Cuquinha se recorda que a belina chegava a levar até 14 moleques em dia de jogo. 
Dona Geni reclamava com Cuca, mas era em vão. Seu amor pelo futebol e pelo time era mais forte do que tudo. Cuca era um fanático pela bola, fanatismo que exerceu com ações práticas, colaborando com o time e ajudando os meninos a sonharem em ser jogadores de futebol. 
Antes da visita ao Museu, Cuquinha contou quer passou na casa da mãe para buscar algumas fotos daquele tempo, fotos que ela guarda com carinho, como a dizer que tudo foi compreendido, perdoado. 
São três fotos de 1991 dos times em que Cuca, que era o treinador, aparece, e outra, de 1990, da equipe comandada por Levi Barroso, ex-jogador do Grêmio Maringá, que faleceu em 2018. As quatro fotos foram doadas ao MEM.
Cuquinha também levou ao MEM uma camisa do Grêmio de Esportes Maringá de 1982, uma peça rara, sem patrocínios. Levou e fez a doação explicando que a camisa, que era do time profissional, mas o uniforme foi utilizado pelos garotos da base.
Enquanto olhava as paredes do Museu, repletas de fotografias e lembranças, Cuquinha disse que irá levar a Dona Geni na próxima visita e procurar mais relíquias daquela época em que ele era um menino levado pelo pai para viver o sonho de jogar futebol.
Cuquinha quer que mais pessoas saibam do amor que o seu pai tinha pelo futebol e que ele seja lembrado como um abnegado. 
Assim será, Cuquinha, no Museu Esportivo de Maringá, o endereço da memória esportiva. 
#museuesportivodemaringa
#amigosdomuseuesportivo

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