Em quase todas as tardes de domingo, entre 1967 e 1970, os garotos Serrinha e Perereca atravessavam a cidade de bicicleta para cobrir os jogos do Campeonato Amador da Liga Desportiva de Maringá.
Eram dois, até três jogos no mesmo horário no “Brinco da Vila”, na Operária, na “Telefônica”, na Vila Nova, no “Américo Dias”, o campo do SERM no Maringá Velho ou no Mandacaru. Um pedalava e outro na garupa, máquina fotográfica pendurada no pescoço.
Wilson Serra e Messias Mendes eram os responsáveis pela página do amadorismo. Como o jornal não circulava na segunda-feira, as informações sobre a rodada e as fotos só saíam na terça. De todas as lembranças do seu tempo de Folha do Norte, de 67 a 70 e de 71 a 72, as relacionadas com o esporte são mais marcantes para Wilson Serra.
Os Jogos Abertos do Paraná, que perderam a força com o tempo, e o Campeonato Brasileiro de Voleibol Juvenil, que atraíam grande público e recebiam generosos espaços na Folha, também são inesquecíveis. O apego de Serrinha pelo esporte é justificável. Uma compensação diante do conservadorismo e censura daqueles tempos.
“A linha moderada e conservadora foi ingrata para a geração de fatos marcantes. Na minha lembrança, apenas as dificuldades, a falta de estrutura, o improviso e o apaixonado amadorismo do trabalho.”
A Folha do Norte foi o primeiro emprego de Serrinha. Tinha 14 anos quando começou como cobrador de assinaturas no departamento de Circulação. O seu interesse, no entanto, era pela redação. Valdir Pinheiro, redator de esportes, foi quem lhe deu a chance de começar a escrever.
Valdir deixava que ele escrevesse algumas notinhas, ia revisando e publicando alguns textos e, de tanto insistir, ganhou uma coluna com notícias do esporte amador de Maringá e região, a Amadorismo. O fato de ter uma coluna não significava que estava liberado de suas funções no departamento de Circulação.
Foi quando Valdir novamente interferiu e conseguiu de A. A. de Assis a transferência definitiva de Serrinha para a redação. Até 1970, ano em que teve a experiência de trabalhar em Rádio, na Cultura, Wilson Serra fazia, além da coluna, todo o noticiário amador e ainda colaborava nas matérias locais.
Seus companheiros da época ressaltam esta paixão de Serrinha pelo jornalismo, numa época em que ninguém tinha funções específicas definidas. Até uma máquina fotográfica ele comprou e aprendeu a fotografar com Moracy Jacques.
Já se passaram 40 anos e a memória não retém tantos detalhes. Serrinha fala dos irmãos Elpídio, que fechava a primeira página, e Ismael, do noticiário local, de Verdelírio, de Messias, que começou com ele, de Kaster Carrara e Walter Poppi, Moracy Jacques, Frank Silva, o falecido Struett, chargista de grande criatividade. Elogia o jornalista e poeta Assis pelo brilhantismo do texto, agradece os irmãos que, pela experiência e textos mais apurados, revisaram muito do que escrevia, e chama Valdir Pinheiro de professor.
Hoje, ele consegue, avaliar com maior nitidez aquele período de 1967 a 1970: um extremo conservadorismo e submissão aos poderes que se contrapunham ao avanço tecnológico e à organização dos setores. Sendo um jornal recheado de releases do governo do Estado e da Prefeitura, e o País sob a tutela da ditadura militar, Serrinha fez do esporte amador sua paixão e também o seu escape.
(Capítulo do livro “O Jornal do Bispo - A História da Folha do Norte do Paraná”, escrito por Antonio Roberto de Paula em 2001)
Saía da Vila Sete, próximo da Colombo (para valorizar o bairro, passaram a chamá-la de Zona Sete. Que besteira!), e ia a pé até pelos lados da Catedral, cortando pela linha férrea, pulando vagão. Achava o trajeto curto. Agora, percebo que estou envelhecendo em Maringá. Se fizer o percurso hoje, o tempo vai ser bem maior. Não só pelo movimento dos carros, mas principalmente pelas minhas condiç
“Miramos tanto no estilo de vida americano que deveríamos copiar o carinho e o respeito que eles têm por seus ídolos”
O basquete brasileiro comemorou, no último sábado, dez anos de uma de suas maiores conquistas: a medalha de ouro no Pan-Americano de Indianápolis. O feito se tornou ainda mais grandioso porque o adversário da final eram os Estados Unidos, que nunca haviam perdido em casa em toda a histó
Vindos do interior paulista, os irmãos Carniel eram donos de 40 alqueires em Maringá, numa faixa de terra que incluía o Jardim Industrial, o Parque Itaipu até o Contorno Sul. Antonio chegou primeiro, em 1944, viu as terras, gostou, alugou uma casinha e chamou os irmãos. Adquiriram as propriedades junto à Cia Melhoramentos Norte do Paraná.
José, um dos irmãos, sitiante em Presidente Bernarde
O boteco tem fachada simples, paredes descascadas, piso trincado e uma mesa de sinuca no meio. São dois balcões formando um “L”, e atrás deles dois freezers com garrafas até a tampa. Cartazes de mulheres com coxas e barrigas de fora propagandeiam cervejas.
Na estufa sobre um dos balcões, pastéis, coxinhas e quibes, aqueles com ovos cozidos dentro. Na pequena prateleira, litros de vermute, conhaque, vinho,
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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