O amigo do Museu Esportivo de Maringá, Jair Carvalho, que todos conhecem como Golê, meio-campista que, mesmo aos 64 anos, continua batendo muito bem na redondinha, atuando nos campeonatos do Clube Olímpico de Maringá e defendendo as cores da equipe veteraníssima do Museu Esportivo de Maringá, fez um gol-relâmpago, em 1974, aos 18 anos, quando jogava na equipe amadora do time da cidade de Atalaia, 53 quilômetros de Maringá.
Ele já havia me contado esta história, mas o tempo passou e nem me lembrava mais. Na terça-feira, dia 19 de maio de 2020, ele me mandou uma mensagem: 'Bom dia parceiro! Lembra que falei pra você de um gol inédito que fiz. Vou te passar um áudio que me mandaram ontem, e você, agora, pode divulgar com segurança'. Acho que o Golê pensou que eu não tinha acreditado.
Aí, fui ouvir o depoimento que o amigo do Golê, o Mazinho, gravou do Márcio, morador em Atalaia, que era gandula daquele jogo realizado naquela cidade entre a equipe da casa e o Presidente Castelo Branco, goleada de 5 a 1 para o Atalaia, dois gols do Golê, o relâmpago na saída de bola para o início do segundo tempo.
Vamos a transcrição do áudio do Márcio. Inicialmente, o Mazinho faz a apresentação: 'Golê, boa noite. Estou aqui com o Márcio de Atalaia, ele vai narrar um gol histórico que você fez lá: é, eu tinha 11 anos, tava colocando a cruzinha na rede, atrás do gol do Castelo Branco, não lembro o nome do goleiro, era um cabeludinho, cabelo enroladinho. Aí o Atalaia soltou a bola e o Golê, do meio do campo, meteu a bola por cobertura, fez o gol. Eu lembro que o goleiro disse na época: essa não tava no gibi. Falou com essas palavras. Eu não lembro o nome dele. Só lembro que ele era parecido com o Popinho de Floraí, não sei se era o Popinho, acredito que não. Uma vez o Golê disse pra mim: eu conto pra todo mundo e ninguém acredita.'
Depois da voz de Márcio, entra o Mazinho: 'Aí Golê, um fã seu, agora tá registrado, pode contar este gol aí. Golê até hoje bate bem na bola'. Entra o Márcio: 'Ele tinha aquela jogada do Zé Sérgio: cortava pra dentro e pá'. E Mazinho finaliza: 'É isso aí, grande abraço pra você, meu amigo.' Golê agradeceu a lembrança e enviou mensagem para o Mazinho: 'Boa noite! Mazinho, onde encontrou o Márcio? Foi o gol mais rápido do mundo na época, é uma pena que não foi filmado, mas uma testemunha como o Márcio já é mais que suficiente. Um grande abraço a vocês. Fiquei feliz, nós tínhamos um timaço na época, eu estava com 18 anos. Foi primeiro gol mais rápido do mundo, até então todos os profissionais de alto nível tinham tentado e não conseguiram. O primeiro que começou fazer as tentativas foi aquele 'jogadorzinho' de todos os tempos? Pelé! Sou abençoado, valia 3 pontos, amadorzão bravo.
Golê jogou no juvenil e no amador do Grêmio, era tido como grande promessa no futebol numa época que era uma temeridade tentar ir para o profissional e deixar a segurança de um emprego com bom salário. Ele continuou atuando em grandes equipes do futebol amador de Maringá e da região e também no futsal que, entre as históricas equipes, jogou na Valmar.
Parabéns pelo gol do meio-campo e mais rápido mundo, amigo Golê. Agora, o mundo vai saber da história que você no já longínquo 1974.
Fotos: Golê, time do Museu Esportivo de 2017 e o campo de futebol de Atalaia onde Golê marcou o histórico gol)
(Texto de Antonio Roberto de Paula, diretor do Museu Esportivo de Maringá)
Nosso amigo Anderson Masson, artista gráfico, criou uma peça especialmente para o Museu Esportivo de Maringá do "Setembro Amarelo" - campanha brasileira de prevenção ao suicídio. Ajude-nos a divulgar. Compartilhe com seus amigos.
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Nosso amigo do Museu Esportivo de Maringá, o advogado Reginaldo Aracheski, criador do Memorial do Futebol da Lapa, cidade paranaense histórica, fundada em 13 de junho de 1769, conta a Antonio Roberto de Paula detalhes de um amistoso realizado na Itália, em 1963, entre a seleção daquele país e a brasileira:
'O primeiro, à direita, na foto é Angelo Benedetto Sormani, meu amigo que mora em Roma. Nesse amistoso,
Saía da Vila Sete, próximo da Colombo (para valorizar o bairro, passaram a chamá-la de Zona Sete. Que besteira!), e ia a pé até pelos lados da Catedral, cortando pela linha férrea, pulando vagão. Achava o trajeto curto. Agora, percebo que estou envelhecendo em Maringá. Se fizer o percurso hoje, o tempo vai ser bem maior. Não só pelo movimento dos carros, mas principalmente pelas minhas condiç
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“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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