-Texto publicado no site www.taniatait.com.br, dia 17 de setembro de 2020.
- O Brasil é marcado pela paixão ao futebol. Todo torcedor brasileiro ou brasileira se sente um técnico, dá opinião, critica, sofre, enfim se sente ligado ao futebol.
No entanto, o futebol que tanto encanta, traz uma série de problemas. Quatro desses problemas chamam muito a atenção: a falta do futebol arte; o descaso do jogador pela seleção brasileira; a violência das torcidas organizadas e a falta de comprometimento da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
O primeiro é visto em qualquer jogo de futebol desde a Divisão D até a Divisão A, quando se verifica a falta de prazer do jogador em realizar jogadas. Parece que os jogadores cumprem um papel, muitas vezes, aprendido nos treinos coletivos e não nos treinos individuais que aperfeiçoam as jogadas. O surgimento de alguns “empresário de jogador”, os quais visam lucro acima de tudo, na maioria das vezes, também causa impacto na vida profissional dos jogadores. Uma exceção ainda pode ser vista no futebol feminino que mostra a energia e a garra das jogadoras na busca de um futebol de qualidade. Claro que não podemos generalizar, pois ainda temos empresários e jogadores que pensam no valor do futebol e não apenas em dinheiro.
O descaso do jogador com a seleção brasileira é gritante e triste. Nunca imaginei que um jogador declinaria da convocação na seleção brasileira, como aconteceu nas últimas copas do mundo. Tive a alegria de ser convocado para o Sub-20 da seleção brasileira em 1980 e afirmo que não existe alegria maior do que ouvir o Hino Nacional usando a famosa camisa amarelinha. Fiz parte de uma geração que valorizava e mostrava toda sua garra, perdendo ou ganhando, o importante era representar bem o Brasil. Nos parece que o que manda mesmo no futebol de hoje são os milhões de dólares ou euros para jogadores e seus empresários.
A violência das torcidas organizadas assusta e afasta o público dos jogos. A atuação dessas torcidas violentas inibe a participação dos apaixonados por futebol irem aos estádios com suas famílias. Mesmo agora, na pandemia pelo coronavírus quando os jogos se encontram sem torcida, certas torcidas organizadas fazem uso da força, atacam jogadores, invadem estágios e centros de treinamentos, entre tantos atos de violência. É incompreensível que a CBF não tome atitudes firmes com relação às torcidas organizadas violentas.
Ao tratar da CBF, as críticas são muitas pois o papel esperado da entidade era de fortalecimento do futebol brasileiro, de garantir o prestígio da seleção brasileira tanto da masculina como da feminina e de cuidar para que o futebol não abrigasse torcidas violentas. O que temos visto é uma CBF preocupada apenas com a manutenção de poder.
Citei esses quatro problemas pois vejo que a solução para estes, poderia melhorar muito o futebol brasileiro, nos daria a alegria de gritar gol e erguer a taça novamente. Mas, não se pode esquecer de outros problemas que afetam o futebol tais como o racismo, machismo e a homofobia, reflexos da sociedade brasileira. Esse tema é assunto pra outro artigo.
Luis Antonio, ex-jogador de futebol profissional, foi da Seleção Brasileira sub-20, atuou em equipes profissionais do estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, trabalhou como técnico em times de base, é graduado em Gestão Pública, pós-graduado em Administração Pública e pós-graduando em Gestão de Projetos.
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Time de futsal do Jamelonça, do bairro Jardim Alvorada, de Maringá, em 1988, disputante do Campeonato da Divisão Principal, que tinha o Massao Joalheiro como patrocinador. (Foto: Arquivo pessoal de Antonio Roberto de Paula/Museu Esportivo)
Equipe de futsal do Country Club de Lupionópolis, 1971 Jogo de despedida do jogador Fuzil contra o Cacique, de Londrina. A quadra de cimento, ao fundo a sede social do Country. O craque Fuzil se transferiu justamente para o Cacique. Nessa época, tendo Fuzil e Anizinho como destaques, o time de Lupionópolis era imbatível na região, chegando a ficar quatro anos sem perder em casa, sendo derrotado para a grande equipe da Sociedade Esportiva Palmeiras em 1973. Q
Publicada no Jornal do Povo, de Maringá, em 2019, por Verdelírio Barbosa. O texto é do Verdelírio: "Foto antiga de hoje mostra a equipe da Retificadora Maringá no ano de 1968, na partida em que o time do Jorge Kubota venceu por 2 a 1 a equipe da concorrente, a então poderosa Retificadora Yokoyama. Um fato interessante da foto é o terceiro magricelo, em pé da esquerda para a direita. Ele é Wilson de Matos Silva
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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