Na noite do último dia 20 de junho, o amigo Alberto Paco, meu confrade na Academia de Letras de Maringá, esteve no Museu Esportivo de Maringá participando do primeiro sarau que promovemos neste espaço de memóriado esporte e da história da cidade.
No ano passado, o Paco havia me dito que tinha uma raridade do futebol, um bem que lhe era muito caro em termos afetivos e que ele queria doar ao MEM: uma camisa do Futebol Clube do Porto, seu clube de coração. Agradeci antecipadamente e, desde então, ele, quando me encontrava, dizia que não tinha esquecido do presente.
E a raridade chegou naquele dia 20 de junho: a camisa do Porto, de Portugal. Já seria uma preciosidade o MEM ter uma camisa do Porto, mas olha o ano da camisa: 1958. Uma camisa de 60 anos!!!
Paco, que é português, contou a história da camisa. No dia 23 de junho de 1958, ele embarcou em Lisboa com destino ao Brasil, trazendo na mala acamisa, uma forma de carregar consigo o amor materializado pelo seu clube. A chegada no Rio de Janeiro ocorreu no dia 5 de julho, justamente quando desembarcava a seleção brasileira, campeã na Suécia. Ele brinca, dizendo que eram tantos fogos, confetes e serpentinas que imaginou que toda aquela festa era para ele, que desembarcava no Brasil com muitos planos, disposto a enfrentar os desafios, trazendo na mala um pouco doseu Portugal e do seu Futebol Clube do Porto.
E no Brasil ele se estabeleceu, formou família e há 30 anos reside em Maringá. Se tornou comerciante, escritor de romances, poeta, membro querido da ALM, sempre incentivando os acadêmicos, participando.
Paco me deixou emocionado ao contar a história da camisa.Ele contou a sua história!!
E não ficou só na camisa. Mais raridades: um chaveiro e um boné do clube da década de 1990, um chaveiro da Portuguesa de Desportos, seu clube no Brasil e um chaveiro da Liga de Futebol de Salão de Maringá, de 1971, ano em que foi fundada.
Quando me perguntam qual a peça mais importante que temos, sempre digo que todas são importantes porque cada uma conta uma história. Uma história única. Fotografias, camisas, flâmulas, faixas, chaveiros, canecas, troféus, medalhas, impressos e documentos têm histórias que se ligam a outras histórias. O MEM são portas e janelas da memória, um lugar para conhecer, aprender, se emocionar, reencontrar amigos e fazer amigos, o objetivo é ser a ponte entre os mundos de cada um tendo o esporte como o meio.
Maravilhosa a história do amigo Paco assim como são maravilhosas todas as histórias representadas pelas peças expostas no Museu Esportivo de Maringá. (Antonio Roberto de Paula, diretor do MEM)
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O ex-árbitro maringaense Valdomiro José Barbosa esteve no Museu Esportivo de Maringá, no dia 25 de janeiro, revendo dezenas de amigos do tempo em que apitava e bandeirava jogos do futebol amador. Na ocasião ele doou ao MEM uma camisa polo do Grêmio Maringá, de 1999, que era utilizada por membro da comissão técnica do clube. Em 1999, o time maringaense foi campeão da Copa Paraná e a diretoria do GEM passou a usar no uniforme
Carlinhos Martins, publicitário e narrador esportivo, há mais de trinta anos militando na imprensa, esteve no Museu Esportivo de Maringá. Ele fala do acervo reunido pelo diretor do MEM, Antonio Roberto de Paula, junto a esportistas da cidade e faz um convite para que a população visite o local. O MEM está localizado na rua Domingos Salgueiro, 1415, esquina com avenida Carlos Borges, Jardim Guaporé.
O diretor do Museu Esportivo de Maringá, Antonio Roberto de Paula, conta como foi: "Na terça-feira, 21 de julho de 2020, guardando a distância regulamentar e usando máscara, me encontrei com o querido amigo xará Antônio Augusto de Assis, o maior trovador do Brasil, carioca de São Fidélis, patrimônio de Maringá. O encontro foi no saguão do edifício, no centro da cidade, onde mora o Assis, professor aposentado Nosso amigo do Museu Esportivo de Maringá, Walter Pereira, o Waltinho, jogador amador de destaque do futebol maringaense das décadas de 1970 e 1980, doou a camisa do Vilhena Esporte Clube – VEC, de Rondônia. Waltinho ganhou a camisa no tempo em que residia em Vilhena e optou por fazer a doação ao MEM para divulgar o clube, fundado em 1991, pelo qual ele tem grande apreço e também para tornar nosso acervo ainda mais representativo. Um
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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