Uma história rápida (?) e emocionante (pelo menos para mim). Uns dias atrás, o eterno artilheiro do Grêmio de Esportes Maringá, Itamar Bellasalma, meu amigo, autor do gol do título do clube maringaense em 1977, me ligou:
- 'Sabe o professor Celso?
- Sei, sim
- Ele vem pra Maringá e quer se encontrar comigo e com você. A camisa do Grêmio que eu dei pra ele, ele quer dar pro Museu Esportivo.'
Fiquei emocionado. Uma grande relíquia da história do futebol de Maringá estava chegando às minhas mãos, trazida pelo Celso Corrêa, amigo pessoal do Itamar, professor de psicologia, um apaixonado pelo esporte. Uma relíquia guardada por 40 anos com todo esmero e carinho.
Fiquei quieto sobre o presente, não comentei com quase ninguém, vai que ele se arrepende. Que nada! Celso mandou mensagem na semana passada dizendo que estaria em Maringá no sábado (6) e que tinha um presente pra mim. Ele mora em São Manuel, no estado de São Paulo. Encontro marcado no Hotel Bristol, às 8 da manhã, onde está a Exposição Maringá Futebol Memória. Tudo certo. Um imprevisto. Eu não poderia, tinha uma reunião às 9 que eu fiquei sabendo depois de confirmar com o Celso. Ele, compreensivamente, concordou para as 11 horas.
Cheguei no horário. Lá estava ele com sua esposa Romilda e um pacote. Logo chegou o Itamar. Brincadeiras, cafezinho, bate-papo, o Helton Bertoni, do hotel, pegou meu celular para fazer fotos. Fomos desembrulhando o pacote. O Celso colocou em um quadro entre vidros, possibilitando ver frente e atrás, a camisa do Itamar, a número 9, com a qual ele fez o gol de falta no empate em Curitiba, no Couto Pereira, dia 2 de outubro de 1977. Difícil sair lágrima daqui, mas abracei o Celso com grande emoção, agradecendo a confiança, abracei a Romilda, abracei o Itamar como se estivesse abraçando o time todo daquela épica conquista que acompanhei apaixonadamente junto com os amigos Nivaldo Gongora Verri, Mario Recco, Miguel Grillo, Edson Cemensati e Edson Luiz Matias. Voltamos para aqueles dias naquela conversa. O Juninho Palpite apareceu, fez fotos na calçada com a gente. O Ananias Rodrigues também. O gerente do Bristol, o Wilian Galina, chegou pra saber que novidade era aquela. Fizemos mais fotos, dei o livro 'Futebol - Recortes de uma paixão' para o Celso e para o Itamar, abracei todo mundo de novo. A Romilda disse que gostou do título do livro. Um carro passou e buzinou. Certeza que era para o Itamar. Em qualquer lugar de Maringá, alguém o reconhece. Saí carregando um símbolo da história do futebol de Maringá. Entrei no carro agradecido a Deus e ao mesmo tempo pensando na responsabilidade que tem aumentado cada dia com as peças históricas doadas pelos amigos para o Museu Esportivo. Como disse para o Celso na oportunidade, repito agora convictamente: assim como as demais camisas, as faixas, livros, jornais e fotografias, a histórica camisa 9 do Itamar vai estar sempre em boas mãos. No carro, enquanto ia buscar a Simone para almoçar em casa, ouvia o Fala Mansa.Junto com o sorriso, uma feliz lágrima parecia querer chegar. Obrigado, Celso! Obrigado, Itamar! Obrigado, Amigos do Museu Esportivo.
'Se um dia alguém mandou
Ser o que sou e o que gostar
Não sei quem sou e vou mudar
Pra ser aquilo que eu sempre quis
E se acaso você diz
Que sonha um dia em ser feliz
Vê se fala sério
Pra que chorar sua mágoa
Se afogando em agonia
Contra tempestade em copo d'água
Dance o xote da alegria'
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Museu Esportivo de Maringá em reportagem no Almanaque Viapar, edição de julho, agosto e setembro. Agradecimentos à Viapar pela divulgação e pelo apoio cultural ao MEM desde o início do nosso projeto de resgate da memória esportiva de Maringá, do Paraná e do país.
Jogador de futsal em Maringá nas décadas de 1970 e 1980, Paulo Roberto Wicthoff, o Betão, conheceu o Museu Esportivo de Maringá no dia 15 de dezembro de 2018. Na oportunidade, ele doou ao MEM três faixas que ganhou como jogador do Country Clube de Maringá e da Sentinela Esporte Clube. A mais antiga é de 1975: campeão maringaense daquele ano do Dente de Leite, série Dentão, pelo Country Club de Maringá. A out
Maringá das casas de madeira, com suas singelas varandas; suas cercas de balaústres separando terrenos e unindo vizinhos; longas conversas ao luar; habitantes iluminados e felizes, cúmplices de um tempo e de um lugar.
Maringá da poeira e do barro, das ruas de lâmpadas amarelas, de seus lentos veículos, geradores, limpa-pé
“Quilômetros de papel e rios de tinta imprimem o futebol ao longo dos anos, atravessando gerações. Na era digital, as Imagens avançam pelos céus, rompem todas as fronteiras. As vozes do amor ao futebol ecoam pelo grande campo que é o mundo. Agora, em algum lugar, alguém chuta uma bola. A paixão mais documentada da história não para. O jogo nunca termina.”
(Antonio Roberto de Paula)
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