Últimas Publicações / Antonio Roberto de Paula conta a história da doação da camisa de Itamar Bellasalma

Uma história rápida (?) e emocionante (pelo menos para mim). Uns dias atrás, o eterno artilheiro do Grêmio de Esportes Maringá, Itamar Bellasalma, meu amigo, autor do gol do título do clube maringaense em 1977, me ligou: 
- 'Sabe o professor Celso?
- Sei, sim
- Ele vem pra Maringá e quer se encontrar comigo e com você. A camisa do Grêmio que eu dei pra ele, ele quer dar pro Museu Esportivo.'
Fiquei emocionado. Uma grande relíquia da história do futebol de Maringá estava chegando às minhas mãos, trazida pelo Celso Corrêa, amigo pessoal do Itamar, professor de psicologia, um apaixonado pelo esporte. Uma relíquia guardada por 40 anos com todo esmero e carinho. 
Fiquei quieto sobre o presente, não comentei com quase ninguém, vai que ele se arrepende. Que nada! Celso mandou mensagem na semana passada dizendo que estaria em Maringá no sábado (6) e que tinha um presente pra mim. Ele mora em São Manuel, no estado de São Paulo. Encontro marcado no Hotel Bristol, às 8 da manhã, onde está a Exposição Maringá Futebol Memória. Tudo certo. Um imprevisto. Eu não poderia, tinha uma reunião às 9 que eu fiquei sabendo depois de confirmar com o Celso. Ele, compreensivamente, concordou para as 11 horas. 
Cheguei no horário. Lá estava ele com sua esposa Romilda e um pacote. Logo chegou o Itamar. Brincadeiras, cafezinho, bate-papo, o Helton Bertoni, do hotel, pegou meu celular para fazer fotos. Fomos desembrulhando o pacote. O Celso colocou em um quadro entre vidros, possibilitando ver frente e atrás, a camisa do Itamar, a número 9, com a qual ele fez o gol de falta no empate em Curitiba, no Couto Pereira, dia 2 de outubro de 1977. Difícil sair lágrima daqui, mas abracei o Celso com grande emoção, agradecendo a confiança, abracei a Romilda, abracei o Itamar como se estivesse abraçando o time todo daquela épica conquista que acompanhei apaixonadamente junto com os amigos Nivaldo Gongora VerriMario ReccoMiguel Grillo, Edson Cemensati e Edson Luiz Matias. Voltamos para aqueles dias naquela conversa. O Juninho Palpite apareceu, fez fotos na calçada com a gente. O Ananias Rodrigues também. O gerente do Bristol, o Wilian Galina, chegou pra saber que novidade era aquela. Fizemos mais fotos, dei o livro 'Futebol - Recortes de uma paixão' para o Celso e para o Itamar, abracei todo mundo de novo. A Romilda disse que gostou do título do livro. Um carro passou e buzinou. Certeza que era para o Itamar. Em qualquer lugar de Maringá, alguém o reconhece. Saí carregando um símbolo da história do futebol de Maringá. Entrei no carro agradecido a Deus e ao mesmo tempo pensando na responsabilidade que tem aumentado cada dia com as peças históricas doadas pelos amigos para o Museu Esportivo. Como disse para o Celso na oportunidade, repito agora convictamente: assim como as demais camisas, as faixas, livros, jornais e fotografias, a histórica camisa 9 do Itamar vai estar sempre em boas mãos. No carro, enquanto ia buscar a Simone para almoçar em casa, ouvia o Fala Mansa.Junto com o sorriso, uma feliz lágrima parecia querer chegar. Obrigado, Celso! Obrigado, Itamar! Obrigado, Amigos do Museu Esportivo. 
'Se um dia alguém mandou
Ser o que sou e o que gostar
Não sei quem sou e vou mudar
Pra ser aquilo que eu sempre quis
E se acaso você diz
Que sonha um dia em ser feliz
Vê se fala sério

Pra que chorar sua mágoa
Se afogando em agonia
Contra tempestade em copo d'água
Dance o xote da alegria'

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